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BB AUMENTA LUCRO MAS ENCOLHE NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS, AGÊNCIAS E DISTANCIA-SE DO SEU COMPROMISSO SOCIAL

  • 20/05
  • Geral
  • Assessoria de imprensa

O lucro líquido registrado no 1º trimestre de 2022 é 57,6% maior no comparativo com o mesmo período do ano passado. Na contramão dos expressivos resultados que o banco vem acumulando, nos últimos 12 meses o BB desligou 1.410 funcionários e fechou 108 agências - foto Paulinho Costa feebpr -
 
Acompanhando os resultados estratosféricos do Itaú e Bradesco no primeiro trimestre de 2022, que ficaram acima dos R$ 7 bilhões, o Banco do Brasil fechou os três primeiros meses do ano com lucro de R$ 6,66 bilhões. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o resultado é 57,6% superior ao registrado no mesmo período do ano passado.

Em 2021, no ano em que a covid mais matou no Brasil, o banco já havia obtido lucro de R$ 21 bilhões, superando em 51% o resultado de 2020. Apesar do lucro expressivo de 2021, que se repete nos primeiros três meses do ano, o BB desligou 1.410 funcionários e fechou 108 agências tradicionais nos últimos 12 meses. Com os cortes, o banco fechou o trimestre com 86.466 funcionários e 3.176 agências.

“Esse lucro é uma afronta à sociedade e aos funcionários pela contradição que representa. Ele não traz benefícios à população brasileira e tampouco aos bancários e bancárias do BB. O fechamento de agências só dificulta a vida da população, que perde mais tempo com deslocamentos e nas filas, além de receber um serviço de pior qualidade. O fechamento de postos de trabalho e agências sobrecarrega ainda mais os funcionários, que ficam sujeitos a esse ambiente de precarização. O resultado são funcionários cada vez mais pressionados e adoecidos”, critica a diretora do Sindicato dos Bancários/ES Goretti Barone.

BB mais distante do seu compromisso social
Segundo a dirigente, os resultados mostram que o BB está cada vez mais distante do seu compromisso social, fugindo da sua vocação de interesse público, e mais próximo do perfil de banco privado tradicional, onde a única preocupação é o lucro.

“Não podemos esquecer que o BB é uma empresa pública de economia mista cuja União é ainda a maior acionista. Por isso, o banco não pode simplesmente virar as costas para os seus compromissos sociais. Por exemplo, quando o banco desliga mais de 1.400 funcionários em 12 meses, em plena pandemia, está contribuindo para aumentar a taxa de desemprego. Qual a responsabilidade social de uma empresa pública que corta postos de trabalho num país que tem taxa de desemprego acima de 11%, inflação galopando à taxa de 12%, economia patinando e mais de 20 milhões de miseráveis que não têm o que comer?”, questiona Goretti.

 Quando se põe uma lupa sobre os resultados do primeiro trimestre, adverte a dirigente, fica mais fácil de entender quais têm sido as prioridades da direção do banco, que estão longe da sua vocação social. De acordo com o Dieese, que analisou os resultados do banco, houve crescimento nas carteiras de crédito voltadas às grandes empresas (+18,6%) e ao agronegócio (28,2%). Ao mesmo tempo em que encolheram os investimentos em linhas de crédito destinadas ao social, como o Pronamp (-6,5%), que atende a médios agricultores.

Outros resultados
As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias no primeiro trimestre de 2022, segundo o Dieese, aumentaram 9,4% em um ano, alcançando R$ 7,52 bilhões. As despesas com pessoal, incluindo o pagamento da PLR, totalizaram R$ 6,04 bilhões, redução de 4,2% na mesma comparação, a despeito das despesas com os programas de desligamentos (PDE –Programa de Desligamento Extraordinário e PAQ –Programa de Adequação de Quadros).

Diante desse cenário, ressalta Goretti, fica evidente que a direção do BB está trabalhando abertamente para facilitar o processo de entrega do banco ao mercado. “É urgente que os trabalhadores bancários e a sociedade em geral resgatem o debate sobre a real função do Banco do Brasil como banco público”, reforça a dirigente.

Ela acrescenta que o BB deve cumprir seu papel de agente fomentador de políticas públicas para atender aos interesses da sociedade brasileira. “Especialmente do segmento que constrói a riqueza deste país, que é a classe trabalhadora”. (Fonte: Seeb Espirito Santo)

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