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Santander apela para a violência em protesto pacífico de bancários contra a terceirização em SP

  • 23/08
  • Geral
  • Assessoria de imprensa

Protesto aconteceu na sede administrativa do banco espanhol, na zona sul de SP; uma pessoa foi detida e depois liberada (Por Gabriela Moncau) - foto SEEB SP -

Segundo o sindicato d SP, o Santander é a instituição bancária no país onde a terceirização mais avança - Sindicato dos Bancários SP
Bancários foram agredidos com arma de choque, cassetete e spray de pimenta pela Polícia Militar (PM) de São Paulo durante um protesto contra a terceirização realizado na manhã desta quinta-feira (22) em frente à sede administrativa do banco Santander.

Acionados pela direção do banco espanhol, os policiais agrediram trabalhadores com cassetetes, fazendo com que alguns caíssem no chão, empurraram o advogado do sindicato e deram choques de taser no deputado estadual Luiz Cláudio Marcolino (PT).

"A direção do Santander foi covarde. O banco é o principal responsável por essa atitude horrorosa de agressividade e truculência, que nós nunca tínhamos visto aqui", declarou Lucimara Malaquias, secretária geral do Sindicato dos Bancários e funcionária do banco espanhol.

"A polícia agiu de forma muito violenta e o banco, na sua omissão, contribuiu para que trabalhadores fossem machucados. O Santander terá uma resposta à altura, não vamos recuar", afirmou Malaquias.  

A manifestação, pelo dia nacional de luta da categoria, integra uma campanha dos bancários pelo fim das terceirizações e por ajuste salarial. Nesta quinta (22) em São Paulo os trabalhadores tinham a intenção de fazer uma paralisação parcial de duas horas e um protesto pacífico no Radar Santander, no bairro de Santo Amaro.  

Ao Brasil de Fato, a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP) do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) informou que um homem foi detido durante a manifestação "após agredir policiais militares". De acordo com o Sindicato dos Bancários, ele já foi liberado.

"Os PMs foram acionados para garantir o direito de ir e vir dos funcionários de uma instituição bancária que estavam sendo proibidos de entrar no local de trabalho", disse a secretaria do governo estadual, em nota.  

"Ao realizarem a escolta dos funcionários, os PMs foram hostilizados sendo necessário o uso de técnicas de controle de distúrbios para conter os manifestantes. O agressor e um advogado foram conduzidos à delegacia para o registro da ocorrência", informou a SSP-SP.  

Categoria quer barrar crescimento da terceirização
"No setor bancário, entre 2012 e 2022 nós tivemos 79.500 postos de trabalho extintos e o Santander é o banco que mais terceiriza", destacou a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Neiva Ribeiro, em entrevista ao Central do Brasil.  

Segundo Ribeiro, que integra o Comando Nacional dos Bancários, nos últimos anos o Santander criou seis empresas com diferentes CNPJs: STI, SX, Santander Corretora, F1RST, Prospera e SX Tools.

"É para tirar os bancários do contrato da Convenção Nacional dos Bancários, que estamos negociando agora. E para submetê-los a outros acordos, com os trabalhadores mais precarizados", avalia.  

"Isso é algo que nossa categoria não aceita. E está lutando contra essa prática", ressaltou Neiva Ribeiro no programa diário do Brasil de Fato. "Estamos há dois meses negociando e até agora não veio nenhuma proposta decente", completou, se referindo ao acordo coletivo.

A reportagem entrou em contato com o Santander pedindo um posicionamento a respeito da repressão e também das reivindicações dos bancários. Em nota, o banco afirmou que "respeita todas as manifestações democráticas e preza pela garantia da segurança de seus colaboradores e o entorno". (Fonte: Brasil de Fato)

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