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Brasileiros perderam R$ 25,5 bi em golpes com Pix

  • 29/11
  • Geral
  • Assessoria de imprensa

O Brasil registra uma nova configuração de crimes contra o patrimônio. De 2018 a 2023, houve uma queda dos roubos em ruas e um aumento acelerado dos estelionatos, especialmente os cometidos por meios eletrônicos, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública (2024). O contexto de digitalização das finanças favorece os criminosos: a cada dez transações financeiras no país neste ano, nove foram feitas por canais digitais, sendo que 45% delas foram realizadas com Pix – que é um dos principais meios para aplicar golpes.

Uma pesquisa recente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontou que os brasileiros perderam R$ 25,5 bilhões em golpes com Pix e boletos falsos nos últimos 12 meses. Neste panorama de migração do crime, a Silverguard analisou milhares de denúncias de vítimas da Central SOS Golpe para realizar a segunda edição do estudo Golpes com Pix.

O estudo Golpes com Pix revela que, entre a classe AB, as perdas são de R$ 6.300; na C, a cifra é de R$ 3.500; e na DE, R$ 1.500. A análise por idade indica que a perda de uma vítima de mais de 60 anos é quatro vezes maior que a de uma entre 18 e 24 anos.

Entre os golpes analisados, 79% têm origem em plataformas da Meta, com o WhatsApp liderando, originando, 39% dos casos, seguido pelo Instagram (23%) e Facebook (18%). Os canais variam muito por idade: enquanto o WhatsApp foi o canal inicial de 69% das vítimas com 60 ou mais anos, o Instagram foi o maior canal inicial para vítimas menores de 18 anos. Em relação à renda, o Facebook é o canal inicial de golpes que apresenta a maior variabilidade, sendo 21% na classe DE e 6% na classe A. Noventa e sete por cento dos golpes com Pix são do tipo APP (authorised push payment fraud), em que o próprio usuário, iludido por uma história muito convincente, acaba transferindo dinheiro diretamente para o fraudador, ou seja, vítima de um golpe de engenharia social.

RAIO X DOS GOLPES COM PIX 2024

RECORTES ETÁRIOS

GOLPES POR IDADE | Vítimas e golpes que mais caem


As narrativas, lojas e os produtos são alterados a cada três meses pelos golpistas, mas sempre permanece, por trás da história, uma estratégia-base.

_ Menos de 18 anos: compra de um produto ou serviço de uma loja/perfil falso (58%); falsa oportunidade de multiplicar e investir dinheiro (21%); e compra de produto de uma pessoa que teve sua rede social hackeada (7,5%).

_ De 18  a 29 anos: compra de um produto ou serviço de uma loja/perfil falso (52%); falsa oportunidade de multiplicar e investir dinheiro (16,5%); e falsa oportunidade de emprego e renda (6%).

_ De 30 a 39 anos: compra de um produto ou serviço de uma loja/perfil falso (42%); falsa oportunidade de multiplicar e investir dinheiro (16%); e falsa oportunidade de emprego e renda (10%).


_ De 40 a 49 anos: compra de um produto ou serviço de uma loja/perfil falso (41%); falsa oportunidade de multiplicar e investir dinheiro (13%); e impostor pedindo dinheiro emprestado e/ou ajuda (11%).

_ De 50 a 59 anos: compra de um produto ou serviço de uma loja/perfil falso (35%); impostor pedindo dinheiro emprestado e/ou ajuda (27%); e golpe da falsa central de atendimento do banco (8%).

_ Mais de 60 anos: impostor pedindo dinheiro emprestado e/ou ajuda (48%); compra de um produto ou serviço de uma loja/perfil falso (18%); e golpe da falsa central de atendimento do banco (7%).


_ O valor do prejuízo de uma vítima com mais de 60 anos é quatro vezes maior do que o de um jovem de 18 a 24 anos; e 16 vezes maior que de uma vítima com menos de 18 anos.

Nas outras faixas etárias, a média de prejuízo é de:

Menos de 18 anos: R$ 270
18 a 24 anos: R$ 1.046
25 a 29 anos: R$ 2.165
30 a 39 anos: R$ 2.530
40 a 49 anos: R$ 2.885
50 a 59 anos: R$ 2.400
60+: R$ 4.200

Prejuízos por tática

  • Emprego falso | R$ 4.400
  • Multiplicar dinheiro/investimento | R$ 3.600
  • Pedido de cirurgia/tratamento para um conhecido | R$ 3.400
  • Impostor pedindo dinheiro/ajuda | R$ 3.100
  • Mensagem falsa da central de atendimento/gerente | R$ 000
  • Pagar para receber um saldo/dinheiro devido | R$ 2.100
  • Empréstimo falso | R$ 000
  • Relacionamento amoroso falso | R$ 000
  • Conta/multa/imposto falso | R$ 1.900
  • Compra de um produto de alguém que teve a rede social hackeada | R$ 1.600
  • Pedido de devolução de Pix/pagamento errado | R$ 1.330
  • Pedido de resgate de sequestro falso | R$ 1.150
  • Compra de um produto ou serviço de uma loja/perfil falso | R$ 1.050
  • Oportunidade de prêmio/sorteio falso | R$ 1.000
  • Pedido de devolução de cartão cancelado que era falso | R$ 600
  • Pedido de doação que era falso | R$ 150

Estados com maior concentração de vítimas e média de prejuízo

DF  | Média de prejuízo R$ 2.800
SC  | Média de prejuízo R$ 1.900
RJ | Média de prejuízo R$ 1.700
MG | Média de prejuízo R$ 2.900
RS | Média de prejuízo R$ 1.600
PR | Média de prejuízo R$ 3.300
SP | Média de prejuízo R$ 2.100
MS | Média de prejuízo R$ 2.400
AM | Média de prejuízo R$ 1.500
MT | Média de prejuízo R$ 1.500
PI | Média de prejuízo R$ 1.800
GO | Média de prejuízo R$ 2.500
ES | Média de prejuízo R$ 1.700
PE | Média de prejuízo R$ 1.700
BA | Média de prejuízo R$ 2.600
CE | Média de prejuízo R$ 2.000
PB | Média de prejuízo  R$ 1.600
PA | Média de prejuízo R$ 3.000
AL | Média de prejuízo R$ 1.600
RO | Média de prejuízo R$ 2.700
RR | Média de prejuízo R$ 1.600
RN | Média de prejuízo R$ 4.500 [maior valor]
TO | Média de prejuízo R$ 3.100
MA | Média de prejuízo R$ 1.200
SE | Média de prejuízo R$ 800
AC | Média de prejuízo R$ 300
AP | Média de prejuízo R$ 1.400

O cálculo do ranking é feito pela quantidade de vítimas dividida pelo total de transações Pix realizadas por Estado, de janeiro a junho de 2024. (Fonte: Monitor Mercantil)

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