Novo segmento do banco é voltado a clientes de alta renda e está acima do Prime (Por Karla Spotorno (Broadcast)) - foto Bradesco Principal divulgação -
O Bradesco Principal está superando as expectativas. Em operação desde 31 de outubro, o novo segmento para clientes endinheirados superou as projeções de captação de recursos, abertura de contas internacionais e investimentos offshore.
Segundo o banco, o fluxo de captação de recursos cresceu mais de 150% desde janeiro, quando começou de fato a migração de clientes de outros segmentos do Bradesco para o Principal. Além disso, a realocação da clientela no novo serviço alavancou a abertura de contas internacionais, que registraram um crescimento de 100%. Com isso, o saldo de investimentos no exterior dobrou, segundo a instituição.
De acordo com a diretora do Bradesco Principal, Daniela Pinheiro de Castro, o segmento já está com 100 mil clientes, e a perspectiva é chegar a 400 mil no fim deste ano e 800 mil no final de 2026, como previa o projeto original. A maioria já era cliente do Bradesco, mas estava em outros segmentos da instituição, como o Prime. O Principal é o segmento que atende pessoas com renda mensal de R$ 25 mil, ou investimentos de R$ 300 mil, até clientes com patrimônio financeiro de até R$ 10 milhões. Acima disso, o Bradesco aloca os clientes no private banking.
Escritórios parecem lojas de decoração
A abertura de novos escritórios para o segmento vai ganhar escala neste segundo semestre, segundo Castro. Até o momento, foram inauguradas seis unidades. Em agosto, serão mais quatro. Até o fim do ano, o Principal terá 45 endereços. “A visita dos clientes nos escritórios tem sido uma experiência diferenciada. O ambiente não tem nada a ver com uma agência bancária: sem caixa, sem porta giratória”, diz a diretora. Nesses escritórios, que parecem lojas de decoração, o horário de atendimento também é diferente: das 9 às 19 horas.
Além dos escritórios “porta aberta”, ou seja, que são em endereços-chave e servem como vitrine para a marca, o Principal também tem os “escritórios aéreos”. Nesse caso, as unidades lembram a arquitetura austera e reservada dos bancos de investimento. São salas de reunião bastante reservadas que ocupam um ou mais andares de prédios, e cuja entrada depende de autorização. Nas unidades “porta aberta”, têm acesso os clientes do grupo P1, que têm até R$ 300 mil em investimentos, e do P2, que têm entre R$ 300 mil e R$ 1 milhão.
Aos clientes do grupo P3, também é dado acesso aos “escritórios aéreos” e um atendimento ainda mais personalizado. Cada gerente do P3 atende um número limitado de clientes e precisa ter, no mínimo, um contato mensal presencial ou não com toda a sua carteira. (Fonte> Estadão)